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Archive for the ‘Safadeza’ Category

Um Basco, morador de Madrid comentou durante o debate promovido pela rede  Lokarri, com o mediador internacional Brian Currin, sobre a visão dada pelos periódicos de Madrid e da Espanha em geral sobre a questão Basca. Não correspondiam com a verdade, não mostravam a realidade.

Nisto, são iguais ao Brasil.

Currin responde que, de fato, a mídia apenas dá o seu lado, um dos lados. Acrescenta que é preciso trabalhar junto com ela para que ajude na solução do conflito e não que o piore ou incentive. E dá o exemplo da África do Sul e da Irlanda do Norte onde os jornais faziam troca de editoriais e cooperavam para tentar chegar a um denominador comum.

No País Basco e na Espanha, não vejo como tal coisa possa ser alcançada. Se mesmo jornais ditos de esquerda, como o El País se limitam a perpetuar as mentiras contadas pela Espanha, como acreditar que periódicos ligados ao PP ou às oligarquias de direita iriam aceitar dialogar?

Notam alguma semelhança com o Brasil? Toda. Não temos conflito armado aos moldes da Espanha ou separatismo, mas temos luta armada e massacres no campo, nas cidades. Temos nossos conflitos. De um lado os periódicos alternativos ou ligados aos movimentos sociais (como no País Basco e Espanha temos Gara, Diagonal e etc) e do outro temos os jornalões, ligados à grupos de interessses nem sempre claros que manipulam a verdade de acordo com seus gostos.

Currin: “Entre los partidos políticos se ha establecido cierta confianza a raiz del documento de la Izquierda Abertzale”

“Zutik Euskal Herria es un compromiso inequívoco con un proceso de paz. Es muy esperanzador”

“Zutik Euskal Herria apuesta por un proceso democrático en ausencia total de la violencia” 

 Faço um parêntese no caso brasileiro:

Não quero, porém, afirmar que do lado “alternativo” não existam lados, não exista aquela tentativa de “puxar a sardinha” pro seu lado. Existe. A diferença básica é a identificação, a verdade. Do “nosso” lado deixamos claro o que e quem defendemos. Não há subterfúgios. Revistas como a Fórum, Brasil Atual, Brasil de Fato e etc defendem claramente os Movimentos Sociais, os Direitos Humanos, a Esquerda…. Quem neles escreve admite sua ideologia, sua ligação partidária. E o fazem e admitem com todas as letras.

Já Folha, O Globo, Globo, Bandeirantes e etc continuam a bater na tecla já quebrada da isenção, da imparcialidade. Não admitem para quem jogam, quais as intenções por detrás. Eu, você e os que me lêem sabem a verdade, mas e os milhões que lêem todos os dias e de forma desavisada reproduzem todas as inverdades lá escritas, divulgadas e disseminadas?

Na Espanha, ao menos, em muitos casos – e nisto a Europa como um todo e os EUA tem mérito – os jornais ao menos costumam admitir seu lado. O El País é ligado ao PSOE, o Gara à Izquierda Abertzale, o El Correo ao PP e por aí vai. Você já pode esperar que haverá uma tendência, uma “queda” pra um lado ou outro.

O que, claro, não impede manipulações. Como bem sabe Brian Currin e sabemos todos nós.

Currin: “La transformación de conflictos nunca puede ser unilateral. En el País Vasco debe ser multilateral”

Veja um exemplo de clara manipulação por parte do periódico “Libertad Digital” (aliás, vejamcomo a direita adora falar em liberdade, liberdade de expressão e etc quando a usam apenas para subverter a verdade), via o excelente blog Quemando Iglesias:

1.
2.

Na Espanha, aliás, a coisa ainda tem tons mais perigosos e marcantes: Há o separatismo. Existe uma oligarquia, um empresariado que ferrenhamente se apega à questão da unidade espanhola – que é uma farsa.

Rio Branco já dizia há quase 200 anos que “Território é poder”. Fato, mas qual o poder que você pode conseguir de submeter povos contra sua vontade à uma dominação violenta e repressora? E sob a pena de constantes ataques ditos terroristas. À base de mortes, desconfiança, conflito e medo perpétuo de que seu carro exploda, de que sua família seja sequestrada, de que seu filho seja torturado e morto?

Território, neste ponto, deixa de ser poder e se torna fetiche.

Chegamos ao ponto de perguntar: O que é liberdade de expressão? Até onde ela vai e como pode ser usada?

Ou melhor, estamos mesmo falando de liberdade de expressão ou liberdade de mentir, de manipular, de enganar? Quando passamos a mentir não exercemos nenhum direito de  se expressar, mas de enganar e manipular. O direito cessa. Nosso PIG e o PIG deles chegou  tal ponto.

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A posição do governo e da justiça (sic) espanhola de que “tudo é ETA” é tradicional e conhecida. O que é novo é a nova doutrina de acusar o grupo de traficar drogas. Sobre este episodio fiz este post no qual Saviani – autor de “Gomorra” – acusa a ETA do crime mais estapafúrdio que poderíamos imaginar. O que Saviani ganhou – ou quanto – para uma acusação tão descabida e ridícula é uma icógnita.

Mas, o tempo passou, a história foi esquecida… E agora o governo Espanhol trouxe a loucura de volta com o objetivo de atacar a Venezuela. A Espanha passou a usar a ETA como forma de atacar Hugo Chávez, da mesma forma que faz a Colômbia ao acusar Chávez e Correa de apoiarem as FARC.

Como o nosso PIG, na falta de qualquer argumento, apele para o absurdo e espere que funcione.

Segundo a BBC, a Espanha acusa a Venezuela de apoiar o grupo separatista ETA – e, claro, as FARC:

Um juiz espanhol acusou o governo da Venezuela de “cooperar” com o grupo separatista basco ETA e com a guerrilha das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), num plano para atacar autoridades colombianas na Espanha.

De acordo com o juiz Eloy Velasco, o presidente colombiano, Álvaro Uribe, e seu antecessor, Andres Pastrana, estariam entre os alvos dos ataques do ETA e das FARC.

Ainda segundo ele, as Farc teriam pedido ajuda a membros do ETA para localizar, na Espanha, o ex-presidente colombiano Andrés Pastrana, a ex-embaixadora colombiana na Espanha, Noemí Sanín, o ex-candidato a presidência e duas vezes prefeito de Bogotá, Antanas Mockus, e o vice-presidente colombiano Francisco Santos, “com o objetivo de atentar contra a vida de algum deles durante sua permanência na Espanha”.

Logo após o anúncio das acusações, o primeiro-ministro espanhol, José Luiz Rodríguez Zapatero, pediu “explicações” ao governo Chávez.

Em resposta, o ministério de Relações Exteriores da Venezuela emitiu um comunicado classificando as acusações contra o governo de Hugo Chávez como “inaceitáveis, de natureza e motivação política”.

Antes de mais nada, acho engraçado Zapatero exigir alguma coisa, qualquer coisa, da Venezuela. Quem tem que se explicar por alguma coisa é a Espanha cujo rei ofendeu o presidente da Venezuela e cujo país é o que mais tortura na Europa e mantém baixo opressão suas minorias enquanto a Venezuela, por outro lado, garantiu máxima autonomia aos seus indígenas.

Em segundo lugar, o que vemos é um juiz quualquer claramente buscando os holofotes e agindo como Garzón, como um justiceiro tresloucado.

E, por último, a Espanha faz o jogo colombiano e estadunidense ao, em suas acusações, colocar novamente a Colômbia como pobre-coutada ameaçada pelso comunistas (sic) venezuelanos.

Simplesmente ridículo. Aliás, a acusação parece residir appenas no fato de um homem, Arturo Cubillas Fontán, supostamente ser membro da ETA e ter sido ministro do governo Chávez…. Bem, qualquer conclusão a que chegou o digno juiz é estúpida e burra. Em primeiro lugar, o fato de alguém ser supostamente membro de um grupo que não tem qualquer relação com a política venezuelana não é motivo para ligar todo um governo e um país à um grupo. Em segundo lugar, cabe sempre lembrar, a Espanha acusa Forlán de ser membro da ETA. Apenas ACUSA sem, porém mostrar qualquer provas.

Aliás, a Espanha tem o costume de acusar, torturar – e em alguns casos matar – aqueles que caem em suas mãos como suspeitos de pertencer à ETA: Basicamente, qualquer Basco que pregue a tese da independência.

Las Malas Lenguas esclarece:

La ultraderecha mediática no ha tenido reparo en emitir ya la sentencia: Chávez, etarra. Una buena parte de las acusaciones se basan en correos electrónicos del famoso ordenador portátil de Raul Reyes, el guerrillero de las FARC que utilizaba una tecnología extraterrestre para enviar e-mails desde la selva donde no hay cobertura telefónica ni electricidad.
Otra parte importante de las presuntas acusaciones, son documentos anteriores a la llegada al poder de Hugo Chávez
No acaba de explicar cual es la vinculación al margen de que Arturo Cubillas sea funcionario del Ministerio de Agricultura. Argumento que serviría para vincular a cualquier administración o empresa con ETA.

La Republica dá o recado:

Sin embargo, lo que no dice el auto y omiten los medios del régimen es que Arturo Cubillas fue enviado a Venezuela por el gobierno de Felipe Gonzalez en un acuerdo con Carlos Andrés Pérez, cuando Chávez aún no había llegado al poder.
Al parecer, Cubillas, casado con una ciudadana venezolana, habría ocupado varios cargos públicos desde que Hugo Chávez llegó al poder en 1999, al igual que en nuestro país lo han hecho antiguos militantes de ETA hoy miembros del PSOE. Sin embargo, lo que no demuestra el auto es que Cubillas haya cometido ninguna ilegalidad mientras ha permanecido en territorio venezolano.
Se abre por tanto un nuevo capítulo en la campaña contra Chávez que dessde hace varios años ha venido orquestada desde los principales grupos de poder mediático y económico de nuestro país, y respaldada incluso por medios supuestamente progresistas como Público, al servicio del imperio MEDIAPRO y muy cercano a Moncloa, que utilizan una vez más a la banda terrorista ETA, al igual que EEUU hace con el terrorismo islámico, para adoctrinar y someter a la opinión pública española.

Sobre este caso, aliás, há um fato ainda mais interessante. Em 2009, a venezuela se recusou a extraditar para a Espanha Iñaki Landazábal Etxeberría, a quem o país acusava de – obviamente e como de costume – ser membro da ETA. O pedido de extradição foi negado, depois de uma ampla campanha internacional pela sua liberdade -e sua segurança.

“Ha quedado de manifiesto que la caza de brujas desatada por el Gobierno español contra el independentismo vasco no conoce fronteras geográficas -indica el movimiento pro-amnistía-. En este sentido, queremos pedirle al Gobierno de Venezuela que no apoye la represión a los refugiados vascos”.

Seria a atual acusação descabida contra a Venezuela apenas uma tentativa tola e torpe de vingança por parte de Madrid?

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 Ato contra o Kassado | 25.02 | 12h
Em Frente à Prefeitura Municipal
(Vale do Anhangabaú)

Uma das maiores doadoras da campanha do Kassab, e que também financiou 27 vereadores eleitos, é a AIB, a Associação Imobiliária Brasileira. Ela é uma entidade fantasma, que não tem funcionários, mas que doou milhões para campanhas eleitorais, pelo sindicato dos donos de imobiliárias (SECOVI-SP).
Além da AIB, a campanha milionária de Kassab que custou quase 30 milhões de reais, teve como maiores doadores grandes construtoras e empreiteiras. Essas mesmas empresas tem influência neste governo e seus interesses atendidos contra os interesses da maioria da população. A decisão que cassou Kassab também inclui a vice e mais 9 vereadores do DEM, PSDB, PT, PV e PR.

PT, PSDB e DEM apresentaram petição ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para tentar impedir que sejam identificados os doadores de recursos captados pelo partidos e transferidos para os candidatos e comitês financeiros de campanha.
A Especulação imobiliária dita as regras
– Plano Diretor foi revogado para se implementar outro que torna a cidade um tabuleiro para o jogo do setor imobiliário
– As concessões urbanísticas, mesmo sendo inconstitucionais, transformam tudo que o governo Kassab toca em ouro para empreiteiras e imobiliárias, expulsando a população pobre para as periferias.
O que pode ser feito?
É importante defender a decisão do Ministério Público que rejeitou as contas do prefeito e lutar por transparência nas eleições de 2010. O financiamento privado de campanha política é o ponto de partida da corrupção na política brasileira. Para que esse balcão de negócios desapareça das eleições, é preciso que o financiamento público e exclusivo de campanhas seja aprovado. Só assim o poder econômico não vai decidir as eleições nesse país.

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Metrô → 2,65 _ é osso!!!
Busão → 2,70 _ não dá!!!

Protesto Contra o Aumento da Tarifa do Transporte Público

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Quinta: 25.02
Concentração: 16h30 Saída: 17h30
Local: Teatro Municipal (São Paulo) – Próx. ao Metrô Anhangabaú

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barraroaumento.org

twitter.como/barraroaumento

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Não é novidade para ninguém que DEMOcrata é sinônimo de corrupto e mal-caráter. Desde sua juventude (sic), passando pela vedete do grupelho (Marcelo “PQP” Tas) até os “cabeças” lá no alto (ou não tão alto, caso do ACM Neto), como o Demóstenes “Foca” Torres, Efraim Moraes, Kátia Abreu e outros.

Ao ler o nome de qualquer um dos membros do DEM você terá a certeza de que, por trás, há uma longa ficha corrida, seja de grilagem, trabalho escravo, corrupção… Mas, claro, a “justiça” brasileira nunca vê nada. Gilmar Mendes e cia não precisam de óculos, mas de telescópios… E boas aulas de ética, decência e honestidade.

Depois de Arruda, escorraçãdo do DEMO por clara corrupção, é a vez de Paulo Octávio, seu vice, perigar a expulsão sem clemência e, quem sabe, Aquassab seguí-los.

Salta aos olhos que em um partido onde ninguém se salva, agir como Pilatos seja algo tão corriqueiro. Na verdade, quem tem c* tem medo, no velho dito popular. Quem teria coragem de defender os seus quando sobre si pairam acusações iguais ou piores? Fogem como moscas que são.

Arruda preso, Paulo Octávio em vias de expulsão, Kassab com mandato Kassado… Este é o DEM, o verdadeiro!

Falando em Aquassab, foi cassado.Ou melhor, Kassado.

Irá recorrer, obviamente, mas o que importa é que todos sabemos – e a justiça concorda – é um canalha. Dificilmente terá o mesmo fim que Arruda, a justiça brasileira é lenta, especialmente na hora de ajudar os seus, mas é mais um duro golpe em Serra, que tinha em Arruda seu possível vice e em Kassab seu discípulo (e cria de Maluf/Pitta). Um grupo de gente boníssima!

De qualquer maneira, Serra agora terá de suar para se descolar de seus grandes aliados de outrora. Cai nas pesquisas, vem virando piada pronta e sua base está indo para a cadeia. Nada poderia ser melhor, diga-se de passagem.

Depois de anos destruindo São Paulo e todo o país, chegou a hora da desforra. Ou melhor, da mais simples justiça aparecer. O DemoTucanato vem tendo o que merece e espero que não parem por aí.

Aliás, na Bahia a coisa também anda complicada para os DEMOS. Paulo Souto foi denunciado por fraude à legislação. Será que será Kassado?

O que vemos é a direita brasileira naufragar. Para o bem do país. Falta agora apenas dar um jeito nos Tucanos, que devem acompanhar seus colegas de clientelismo.

Por fim…

Resta saber, é o mais importante, qual o novo nome que o partido adotará desta vez. Na Ditadura eram ARENA, depois viraram PFL e agora são DEMOS. Depois de mais um Kassabamento, o que virá por aí?

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Update: Paulo Octávio, governador-por-pouco-tempo do Distrito Federal e vice de Arruda se desfiliou do DEMO. Não porque fosse sua vontade. Era isto ou ser expulso. O DEMO não protege seus filiados, não protege seus comparsas. Não há sequer um código mafioso.

O partido é tão baixo que usa seus membros e depois os descarta como lixo – que são.

O caráter de seus membros fica bem claro devido às atitudes tomadas.

É difícil concordar com um DEMO, mas não impossível:

“A reunião do DEM amanhã  vai discutir o caso do secretário de Transportes, Alberto Fraga (DEM), que ainda não deixou o governo. Ele tem sido um dos principais interlocutores de Paulo Octávio e tem aconselhado o governador interino a não renunciar ao cargo.
Fraga disse que o partido é “incoerente” na sua determinação. E disse que a expulsão do partido não irá descolar a crise da legenda. “O DEM não fica fora do escândalo, que já ficou rotulado como Mensalão dos Democratas”, disse. “

Fato. Incoerente. Todos são ladrões, todos são corruptos, são grileiros e criminosos. Mas posam de honestos ao expulsar os que são descobertos. Apenas reafirmam sua falta de caráter.

Expulsar Arruda, Paulo Octávio e, quem sabe, até o Kassab, não irá apagar a imagem que tem o DEMO. A mesma que tinha a ARENA, o PFL e que terá a legenda caso mude novamente de nome. Nós sabemos quem vocês são, não adianta mudar de nome, de endereço. Sempre saberemos!

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E Paulo Octávio… renunciou. Brasília agradece e o país também. Agora que vá para a cadeia.

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É triste constatar que Honduras, país a sofrer um golpe mais recentemente, tenha sido abandonada.

Seja na mídia, nos blogs, no ideário ou mesmo nos interesses dos Estados. Honduras foi simplesmente esquecida.

Hoje saúda-se o golpe perfeito. Porfírio Lobo assumiu uma presidência ilegítima, baseado em um golpe coordenado e apoiado pelos EUA, pelo Exército Hondurenho e pela mídia golpista local em conluio com a oligarquia apavorada com as sucessivas vitórias populares e ampliação dos direitos sociais.

Estamos diante do que Hillary Clinton chama de “Direitos Humanos Pragmáticos“, ou seja, a sistematização do ato de fechar os olhos para os “erros” dos amigos, aliados ou possíveis oponentes fortes. É o caso que temos em pauta, é o caso de honduras em que é possível – dada a insignificância geopolítica do país para os EUA – condenar, jogar para a platéia e ter em si os holofotes do repúdio internacional enquanto, na realidade, se apóia, planeja e executa um golpe bem sucedido em que um governo legítimo, democraticamente eleito, é deposto e faz-se uma farsa eleitoral para consumir o golpe.

Hoje, a mídia cita Honduras apenas para bradar seu apóio não mais ao golpe, mas à vitória da democracia (sic).

Os EUA se limitam à olhar, como pais zelosos da democracia bem ao seu estilo.

À época do golpe, foi anunciado que Israel reconheceria rapidamente o governo (sic) Hondurenho, nenhuma surpresa. E, menos surpresa ainda ao ver os acordos entre Honduras e Colômbia recém-firmados, a visita de Uribe para apoiar o golpe consumado. Colômbia e Israel, dois Estados terroristas apoiados pelos EUA, nenhuma surpresa.

Do lado da população hondurenha, denúncias de abusos, tortura, estupros, execuções… E tudo devidamente indultado pelo “presidente” Lobo.

Esta é a democracia saudada pela mídia e pelos poderosos que, no Brasil, ainda gostam de tripudiar sobre o governo Brasileiro como se esta fosse uma derrota nossa e não de toda a humanidade.

Zelaya, o presidente-herói saiu humilhado de seu país, de onde foi eleito e ilegalmente deposto. Vai para o exílio forçado e indigno. O máximo de ajuda do Brasil foi permitir sua estadia em nossa embaixada. E parou por aí.

Nações do mundo fingiram-se de indignadas, bradaram mas nada de concreto fizeram. Apoiaram, querendo ou não, um golpe, mesmo gritando contra. Está consumado.

O perigo é que toda a impunidade e a aura de “golpe perfeito” possam se espalhar para países que, assim como Honduras, não sejam um exemplo de segurança institucional e nem tenham as Forças Armadas mais confiáveis ou, ainda, que este seja um sinal verde para que os EUA voltem à agir na região, notando a fragilidade de vários dos países ou ao menos a aceitação por parte de diversas instituições do golpismo.

É, agora, esperar para ver e, no meio tempo, buscar um fortalecimento das instituições e, também, saídas legais – seja na OEA, na ONU ou em qualquer outra – para o governo ilegal e ilegítimo Hondurenho.

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Vejo a notícia de que a Praça Roosevelt será, finalmente (ainda que eu duvide) reformada.

Em primeiro momento eu deveria ficar feliz, mas a realidade é mais forte.

Em primeiro lugar, a própria reportagem denuncia duas obviedades: Uma de que político, especialmente DemoTucano, mente e a segunda a de que a reforma pode não passar de lenda, assim como “honestidade” o é para políticos. Bem, a obviedade é quase única, a de que político é mentiroso contumaz.

Digo isto, neste caso pelo menos, porque quando Serra era prefeito – e vale lembrar que, nesta situação, ele prometeu que não largaria o cargo para ser governador e todos sabemos o que ele fez – prometeu que a Praça seria reformada, era sua vitrine. Bem, continua sendo vitrine de seu governo – lugar abandonado, violento e perigoso.

O absurdo, já explícito no título da notícia, é a de que foram precisos “casos violentos”, a morte de uma pessoa e o quase assassinato de outra para que algo se movesse na prefeitura. Foi preciso que a violência finalmente deixasse suas marcas para que algo fosse feito. Espera-se o pior para então começar a pensar na “proteção”.

Na verdade a Praça não é violenta ou perigosa, mas está ficando, graças à ação tanto da PM quanto do governo, que nada fazem. A prefeitura veta mesas na calçada, o que acaba com a frequência, a PM só resolveu fazer rondas – que nem podem ser chamadas de ronda, pois se limitam à estrutura da praça em si, sequer vão até o começo da rua, são normalmente dois PM’s conversando – depois que o Bortolotto foi baleado, antes disso nada, e não faltaram apelos dos moradores e comerciantes tanto para a PM quanto para a GCM (Guarda Civil Metropolitana), o lixo se acumula porque foi suspensa a limpeza e a “lavação” da Praça…

De acordo com o diretor e fundador do grupo teatral Satyros — localizado na Praça Roosevelt — Rodolfo García Vázquez, a ordem para retirar as cadeiras das calçadas dos bares, imposta pela Prefeitura de São Paulo, em dezembro do ano passado, resultou na redução do movimento dos bares e deixou o local mais vulnerável à ação de criminosos.
“Pensar que haverá segurança somente pela ação da polícia é reduzir a importância do fenômeno dos teatros e bares da Praça Roosevelt”, diz o diretor.

Enfim, a prefeitura e o governo conspiraram para que a situação chegasse até este ponto.

Neste link há um apanhado interessante de depoimentos sobre a situação da Praça e chama à atenção a mentira dita pelo Coronel Renato Cerqueira Campos:

“A praça é uma área frequentada por moradores de rua e há eventuais flagrantes ligados ao uso de entorpecentes”, comenta Campos.
Segundo ele, após os recentes crimes ocorridos na Praça Roosevelt, as rondas foram intensificadas para coibir novos delitos.

Realmente, o problema TODO da praça são alguns frequentadores que fumam maconha uma vez ou outra.

Ou ainda os moradores de rua, expulsos do resto do centro e da Cracolândia pelo Kassab. Expulsão dos viciados pela política de espalhar a Cracolândia ao invés de tratar os doentes; e o espalhamento dos mendigos graças à política da prefeitura de fechar albergues – e de abandoná-los enfim.

O mais fantástico é o Coronel sequer saber o que acontece na Praça! Até o infeliz episódio do tiroteio no Parlapatões sequer havia policiamento na Praça! E, a grande mentira, a declaração de que as rondas foram “intensificadas”. Como intensificar o que não existia? Não havia “ronda” antes e o que temos hoje são PM’s sentados, conversando e limitados à um raio de 50 metros, se muito!

Mas, enfim, cheguemos ao ponto. Foi preciso que a violência se tornasse alarmante na região para que algo fosse feito. Foi preciso que o Bortolotto fosse baleado e quase morto dentro do Parlapatões e que um mendigo fosse assassinado em plena luz do dia – e com a conivência da PM que não o ajudou, como explicado neste post -para que Aquassab notasse que seu belo plano de revitalizar o centro criando Praças, Centros, Teatros e o escambau não funcionaria nunca com o abandono e destruição do que já existe.

Aquassab pode expulsar os mendigos, pode espalhar os viciados em crack, mas vai ter que lidar com os problemas decorrentes de suas ações, invariavelmente. Não é higienizando o centro que ele irá resolver qualquer problema – assim como não resolverá a situação dos moradores do Jardim Romano/Pantanal alagando suas casas para os expulsar e fazer seu parque e depois entregar um cheque-miséria de 300 reais e dar “adeus”.

A revitalização da praça Roosevelt já era alardeada desde a gestão do então prefeito e hoje governador José Serra (PSDB) com uma das principais intervenções no centro da cidade, mas até hoje poucas medidas saíram do papel. A concorrência da Secretaria de Infraestrutura Urbana e Obras ocorre numa época em que a praça tem sido palco de violência.

Me perdoem se não me entusiasmo com mais esta peça de propaganda. São 11 anos em que nenhum obra acontece e cada intervenção da prefeitura apenas piora ainda mais o local.

No ano passado, reportagem da Folha Online informou que a revitalização do espaço se arrastava por 11 anos. O projeto de reurbanização já estava concluído pela Emurb (Empresa Municipal de Urbanização), mas a empresa não informou as datas estimadas para o início da obra.
Na ocasião, o advogado Enrique Rodolfo Marti, da Ação Local Roosevelt, ligada à Associação Viva o Centro, disse que após pedido da entidade foi feita a quebra das paredes de um supermercado que funcionava no local e de uma escola infantil. A demolição foi feita pois após a desocupação dos locais, moradores de rua se instalaram na região.

A reforma da Praça – na verdade sua total demolição – é urgente e necessária, mas com este atual governo é difícil, quase impossível acreditar que algum dia sairá. E isto é só o começo. É preciso reformar e, acima de tudo, OCUPAR. E, sem dúvida, nada disso será feito com intervenções cosméticas. Os mendigos existem, os viciados existem e os marginais também existem.

Saindo ou não a reforma, ainda fica a questão do que fazer com os moradores de rua. A solução da prefeitura sabemos qual é, e não é “solução” alguma. Não é com polícia que se resolve o problema do centro, é com inclusão, ocupação e integração. E isto não está na agenda do prefeito sanitarista.

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Interessante, acabei de ler no excelente blog Panóptico, algo ligado ao assunto e que pode explicar o interesse tão estranho da prefeitura pela praça.

Rede Globo interessada no centro da cidade… Pelo visto Aquassab vai fingir que realiza obras na esperança de aparecer na Globo e, talvez, ajudar a alavancar a candidatura do papai Zé Alagão…
Uma coisa é fato, esta direita tem noção de oportunidade!
Leia mais sobre o assunto aqui.

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“Amplo debate nacional? Eu não ouvi falar…”
Palavras de Alexandre Garcia no Bom (péssimo) dia Brasil.

É assim que começa o falatório absurdo de Alexandre Garcia, para os que tiveram estômago de aguentar tantas barbaridades, parabéns.

O colunista (sic) da Globo, representante ilustre do PIG, talvez não saiba, mas foram realizadas, desde 2003, mais de 50, repito, CINQUENTA, conferências nacionais sobre Direitos Humanos que culminaram no PNDH-3.

“O texto incorporou também propostas aprovadas em cerca de 50 conferências nacionais realizadas desde 2003 sobre tema como igualdade racial, direitos da mulher, segurança alimentar, cidades, meio ambiente, saúde, educação, juventude, cultura, etc

Além destas CINQUENTA conferências, dezenas de consultas locais foram realizadas com a participação de 14 mil pessoas – sem dúvida, alexandre Garcia não era uma delas, afinal, não se interessa pelo tema. Tampouco a figura se dignou a dar uma rápida olhada no documento, disponível por quase um ano no site da SEDH.

A participação social na elaboração do programa se deu por meio de conferências, realizadas em todos os estados do país durante o ano de 2008, envolvendo diretamente mais de 14 mil pessoas, além de consulta pública. A versão preliminar do programa ficou disponível no site da SEDH durante o ano de 2009, aberto a críticas e sugestões.

Além disso, não sabe o piadista que 31 dos 37 ministros assinaram o documento? Como assim ninguém foi consultado?

Realizaram-se 137 encontros prévios às etapas estaduais e distrital, denominados Conferências Livres, Regionais, Territoriais, Municipais ou Pré-Conferências. Participaram ativamente do processo cerca de14 mil pessoas, reunindo membros dos poderes públicos e representantes dos movimentos de mulheres, defensores dos direitos da criança e do adolescente, pessoas com deficiência, negros e quilombolas, militantes da diversidade sexual, pessoas idosas, ambientalistas, sem-terra, sem-teto, indígenas, comunidades de terreiro, ciganos, populações ribeirinhas, entre outros.

Fica clara a tentativa torpe da Globo e do PIG em geral de manipular, mentir descaradamente sobre o PNDH-3 através de todos os meios possíveis.

O PIg inteiro, aliás, sabe que o Programa Nacional de Direitos Humanos não é invenção do atual governo, mas parecem esquecer-se convenientemente. Diz Paulo Sérgio Pinheiro, insuspeito:

“Não foi o presidente Lula quem inventou isso. “Essa é a terceira edição do
programa. Os dois anteriores, lançados em 1996 e em 2002, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, tinham a mesma abrangência do programa que está sendo debatido agora. E tanto Lula quanto Fernando Henrique acertaram, porque direitos humanos não abarcam apenas direitos civis e políticos, como se imagina. Eles abrangem também questões como a fome, o racismo, gênero, distribuição de renda, salário, acesso à cultura, proteção das crianças contra a violência e muitas outras coisas.”

“Tudo foi feito de maneira séria e democrática. A conferência nacional de direitos humanos, realizada em dezembro de 2008 e de onde saíram as diretrizes do programa, foi precedida de conferências estaduais por todo o País. Os debates foram abertos e sem cartas marcadas. Em São Paulo a conferência foi organizada pelo governo de José Serra, com o secretário de Justiça, Luiz Antonio Guimarães Marrey”.  “Mais tarde foram redigidas quase uma dúzia de minutas, para novas discussões. Todos os ministérios discutiram e concordaram, com exceção de Nelson Jobim.

Em país decente isto seria crime. Isto não é jornalismo. E depois ainda tentam me convencer da necessidade de diploma para exercer o jornalismo…. É preciso de diploma para mentir?

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Li o excelente artigo-desabafo da Maria Frô sobre o governo (sic) Kassab e não deixo de me impressionar.

Diferente dela eu não acompanhei mais do que o governo Kassab e Serra em São Paulo – felizmente, posso dizer -, afinal moro nesta cidade há pouco mais de 4 anos apenas, mas de longe sempre via o desenrolar das crises e o descaso pelo qual os governos sucessivos sempre tinham com a cidade. Em Recife, de onde vim, não era diferente – ainda que os governos posteriores do PT tenham de fato melhorado um pouco a cidade em algumas áreas, mas ainda deixaram muito a desejar.

Mas, enfim, de tudo que vi e acompanhei não posso deixar de concordar, senão o pior, o governo (sic) Kassab é sem dúvida dolorosamente ruim. O aumento descabido dos salários de sua corja de puxa-sacos e secretários, a eliminação de parte da merenda das crianças pobres das creches, o corte na limpeza urbana chegando até, finalmente, o completo caos causado não só pela chuva, mas pelo completo abandono por parte da prefeitura e do governo do Estado (e nosso querido Zé Alagão) de nossa cidade.

Por onde andamos vemos sujeira, podridão e rara coleta – e insuficiente – de lixo. Claro, nos bairros ricos, em Perdizes, nos Jardins e afins a coisa não tem a proporção do centro, da periferia, mas mesmo lá vê-se os reflexos do abandono. A podridão de nossos governantes resultaram em enchentes monumentais, em mortes, em doenças e destruição. Falta de coleta, abandono de áreas de risco – ou mesmo de áreas centrais como o Anhangabaú – e até o franco e aberto sanitarismo, o crime contra a população pobre com a inundação proposital e criminosa de áreas populosas ao invés do alagamento de vias de passagem das elites.

Tudo isto em conjunto com a mais completa e absurda alta de impostos (vide o caso do IPTU) e preço de serviços, sem que nada recebamos em troca… minto, recebemos em caos e desespero.

Esta semana, como narrei, o descaso da polícia de Serra e a condição de abandono do Centro de São Paulo por parte da prefeitura causaram mais uma morte. Filmada e fotografada, ainda que a mídia tenha pouco se importado – era só um mendigo. Parece algo pequeno, mas estamos falando de um ser humano que foi morto por ser forçado a viver nas ruas e, hoje, sequer com a possibilidade de se abrigar em albergues – Kassab os fechou – ou ser tratado com dignidade – a PM não só não o ajudou como ainda pode ter facilitado sua morte com a delicadeza com que o trataram.

Hoje (ontem), enfim, o mais novo episódio de violência estatal, de descaso e desrespeito ficou por conta da Polícia – como de costume – que reprimiu com violência uma manifestação pacífica de estudantes e trabalhadores contra o aumento absurdo da passagem de ônibus. Para a prefeitura é legítimo elevar o preço acima da inflação, mas para o trabalhador, receber 1% de aumento com uma inflação de 10% é luxo e deve ser recebido como graça divina. À máfia dos transportes, o “justo”, ao povo, o ônus de pagar a conta.

Centenas de pessoas exerciam seu direito constitucional de se manifestar livremente até serem acossados e violentados pela polícia com gás, pimenta e ameaça de tiros. Centenas de pessoas desarmadas contra uma corja de criminosos de farda à mando de um patrão com sonhos de grandeza e nenhum respeito pela vida.

Ao chegar próximo ao local, os manifestantes foram recebidos com gás pela Polícia Militar. Houve muita confusão e o ato acabou sem que pudesse se chegar ao terminal. De acordo com a assessoria de imprensa da Rede Contra o Aumento da Tarifa, “há feridos e pelo menos cinco pessoas foram presas. Estamos tentando descobrir o número exato”, disse Thais Carrança. A Rede Brasil Atual também procurou a Polícia Militar, que informou que não há nem presos nem feridos.

Questionada sobre a foto do policial com uma arma na mão durante o protesto, a Polícia Militar de São Paulo afirmou que, “em princípio, há incorreção de procedimentos”. No entanto, a corporação disse que a imagem não permite uma análise mais abrangente do quadro operacional para verificar se a ação foi correta.

A imagem não permite uma análise, a realidade não permite uma análise. O modus operandi da PM é sempre o mesmo e cabe a nós apanhar quietos.

Ao contrário do que afirma o PIG e a polícia, o CMI denuncia a prisão de pelo menos 10 manifestantes e ao menos dois feridos.

Mais fotos da violência policial no R7.

Veja matéria sobre o protesto direto do Centro de Mídia Independente.

Este é o retrato de São Paulo, uma terra sem lei, sem governo, sem justiça.

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Resolvi tirar um tempo para comentar sobre a absurda propaganda do governo (sic) de São Paulo que vi ha pouco: Mentirosa, falsa, criminosa.

A propaganda consiste na louvação das obras do Rouboanel e na suposta criação de novos parques por parte do governo.

A verdade, todos sabemos, é bem diferente das maravilhas mostradas.

No caso do Rouboanel, uma obra coalhada de corrupção e descaso, marcada por um acidente que por pouco não tirou vidas. E, curiosamente e com suposta conivência do Google, nenhuma imagem pode ser encontrada do referido acidente quando pesquisamos na internet. Um apagão completo – e os DemoTucanos ainda tentam colar a imagem do apagão ao Lula. Apagão é com o DemoTucanato, em todo e qualquer aspecto.

Como tem maioria dos deputados, Zé Alagão não sofrerá jamais qualquer consequência pelo fato.

Três pessoas quase morreram, por sorte não foram atingidas mais pessoas, mais inocentes, porém os Deputados não vêem qualquer problema em jogar o caso debaixo do tapete, com medo de não se verem em perigo.

Quanto aos parques, a safadeza é ainda maior. Pelo menos em um deles sabemos o que está por trás: Deslocamento forçado dos pobres, sanitarismo, crime.

Um dos parques propostos por Zé Alagão e Aquassab seria no que hoje é o Jardim Romano/Pantanal, onde a população foi mantida – e ainda é eventualmente – debaixo d’água, sofrendo de doenças, tendo todos os seus pertences levados pela enxurrada ou destruídos e em uma situação de completo abandono e isolamento.

É a principal vedete de Aquassab um parque naquela região de várzea do Tietê. Mas só poderia construir tal parque expulsando a população do local sob falsos argumentos e aberto crime contra a humanidade. Uma verdadeira limpeza dos pobres que moram na região.

Em troca, se é que podemos chamar assim, os moradores deslocados do Jardim Romano e região iriam receber 5 mil reais ou um 300 reais mensais por dois anos para achar outro local para morar. O governo simplesmente resolveu abandonar a população e sequer tem um plano para reassentar os atingidos pela enchente. Comportamento típico do (des)governo de São Paulo que, da mesma forma, resolveu matar crianças pobres de creches de fome, diminuir a coleta de lixo já vergonhosa e, claro, não deixou de aumentar seus próprios salários.

A desculpa de que tudo não passa de área invadida não procede. Se assim o fosse a Caixa Econômica não teria contruído conjunto habitacional no lugar, não teríamos um CEU no local e nem toda a estrutura do governo para cobrar impostos e massacrar a população.

Como se vê, é assustadora a decisão pensada e planejada do governo do Estado e da prefeitura de alagarem bairros habitados pela população mais pobre da cidade visando ganhos financeiros à longo prazo.

Falamos de um ataque aberto de um governante contra os pobres da cidade.

Enfim, o que vimos na TV é o cúmulo da falta de decência, a mentira, a farsa. E nem preciso falar da Expansão do metrô, das propagandas que mostram um paraíso quando o que vemos são estações lotadas, trens lotados, quentes, desesperadores. A realidade de Aquassab e Zé Alagão é apenas virtual. 

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