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Archive for the ‘Política’ Category

No dia 11 de março tivemos a primeira reunião da Rede de Comunicadores em apoio à Reforma Agrária, na sede do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, com a presença de João Petro Stédile, Paulo Henrique Amorim, Rodrigo Vianna, Renato Rovai, Altamiro Borges e outros blogueiros, ativistas e militantes da liberdade na rede, da internet livre e da reforma agrária.

Reunião bastante produtiva, com auditório cheio para uma quinta-feira às 7 da noite… E, o mais importante, muitos pontos debatidos, colocados em pauta e já algumas resoluções aprovadas.

Stédile discursa na reunião da Rede de Comunicadores em Agrária from Raphael Tsavkko on Vimeo.

João Pedro Stédile discursa dando publicidade à luta do MST e dos movimentos do campo analisando as contradições do capital e a mídia na luta por terra.

A idéia central da reunião era a formação de uma rede que deve expandir-se pelo país. Uma rede que deve contar com o apóio dos jornalistas, blogueiros e comunicadores em geral interessados na causa agrária e da justiça social e, claro, outros temas como a defesa do PNDH-3 e da liberdade na rede entraram na pauta.

De concreto ficou a  decisão de se criar um blog para a rede visando disseminar contra-informação ao longo da CPMI contra o MST que terá sua primeira sessão já nesta próxima quarta-feira. Espera-se que o blog comece a funciona já na segunda, sob a direção de Altamiro Borges.

Paulo Henrique Amorim fala sobre a liberdade na rede e a importância desta para os movimentos sociais

Para a rede como um todo e também como divisor de funções do blog ficou decidida a criação de pelo menos 4 GT’s e, depois, aveitou-se a possibilidade de mais um GT, proposto pelo MArcelo, do Grupo Tortura Nunca Mais.

Os GT’s:

GT1- Responsável por coletar informações sobre grilagem de terra, luta no campo, presos políticos, trabalho escravo e afins. Um GT para pesquisar a história da luta no campo e ter munição para mostrar a situação real e a tual da luta por terra;

GT2- Responsável por coletar informações sobre os membros da CPMI e da bancada ruralista. Denunciar a escória formada por Lorenzoni, Kátia Abreu e cia com argumentos que comprovem o caráter – ou a falta – destes elementos. Municiar o movimento contra aqueles que o atacam, retirar a máscara dos parlamentares anti-MST;

GT3- Responsável por coletar depoimentos (escritos, gravados ou filmados) de personalidades conhecidas em favor do MST, da Via Campesina e da reforma agrária. Trabalho de coleta de dados e depoimentos para mostrar o lado dos lutadores pela reforma agrária;

GT4- Responsável por coletar dados sobre agricultura familiar, casos de sucesso em assentamentos e o lado positivo da Reforma Agrária.

E foi proposto o GT5 que seria responsável por levantar e-mails, contatos e mailings dos movimentos sociais para agilizar a facilitar os contatos entre os diversos movimentos. Fazer a ponte entre os movimentos participantes da rede e integrar com blogs e sites.

Altamiro Borges discursa na reunião da Rede de Comunicadores em apoio à Reforma Agrária from Raphael Tsavkko on Vimeo.

Altamiro Borges resume a reunião, alenca as propostas e abre o debate.

Todo este processo de construção da Rede deve ter como foco, também, a internet. PHA em sua fala deixou muito clara a importância deste veículo que, hoje, é um dos poucos ou único meio livre de informações.
Outras reuniões devem ser agendadas, desta vez com os GT’s que serão formados. Todos que deixaram seus nomes e e-mails nas listas que circularam receberão os informes e, sabendo de qualquer novidade repassarei ao blog para que todos possam saber.

Indo para outro assunto, a INTERCOM, conversei com o Renato Rovai que ficou de me passar mais informações posteriormente e o Rodrigo Vianna me garantiu que os blogueiros terão ampla participação em todo o processo de consolidação da organização. O Estatuto será debatido online e todos faremos parte do processo, sem exclusões. Assim que conseguir mais informações, como sempre, informarei a tod@s @s interessad@s.

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Um Basco, morador de Madrid comentou durante o debate promovido pela rede  Lokarri, com o mediador internacional Brian Currin, sobre a visão dada pelos periódicos de Madrid e da Espanha em geral sobre a questão Basca. Não correspondiam com a verdade, não mostravam a realidade.

Nisto, são iguais ao Brasil.

Currin responde que, de fato, a mídia apenas dá o seu lado, um dos lados. Acrescenta que é preciso trabalhar junto com ela para que ajude na solução do conflito e não que o piore ou incentive. E dá o exemplo da África do Sul e da Irlanda do Norte onde os jornais faziam troca de editoriais e cooperavam para tentar chegar a um denominador comum.

No País Basco e na Espanha, não vejo como tal coisa possa ser alcançada. Se mesmo jornais ditos de esquerda, como o El País se limitam a perpetuar as mentiras contadas pela Espanha, como acreditar que periódicos ligados ao PP ou às oligarquias de direita iriam aceitar dialogar?

Notam alguma semelhança com o Brasil? Toda. Não temos conflito armado aos moldes da Espanha ou separatismo, mas temos luta armada e massacres no campo, nas cidades. Temos nossos conflitos. De um lado os periódicos alternativos ou ligados aos movimentos sociais (como no País Basco e Espanha temos Gara, Diagonal e etc) e do outro temos os jornalões, ligados à grupos de interessses nem sempre claros que manipulam a verdade de acordo com seus gostos.

Currin: “Entre los partidos políticos se ha establecido cierta confianza a raiz del documento de la Izquierda Abertzale”

“Zutik Euskal Herria es un compromiso inequívoco con un proceso de paz. Es muy esperanzador”

“Zutik Euskal Herria apuesta por un proceso democrático en ausencia total de la violencia” 

 Faço um parêntese no caso brasileiro:

Não quero, porém, afirmar que do lado “alternativo” não existam lados, não exista aquela tentativa de “puxar a sardinha” pro seu lado. Existe. A diferença básica é a identificação, a verdade. Do “nosso” lado deixamos claro o que e quem defendemos. Não há subterfúgios. Revistas como a Fórum, Brasil Atual, Brasil de Fato e etc defendem claramente os Movimentos Sociais, os Direitos Humanos, a Esquerda…. Quem neles escreve admite sua ideologia, sua ligação partidária. E o fazem e admitem com todas as letras.

Já Folha, O Globo, Globo, Bandeirantes e etc continuam a bater na tecla já quebrada da isenção, da imparcialidade. Não admitem para quem jogam, quais as intenções por detrás. Eu, você e os que me lêem sabem a verdade, mas e os milhões que lêem todos os dias e de forma desavisada reproduzem todas as inverdades lá escritas, divulgadas e disseminadas?

Na Espanha, ao menos, em muitos casos – e nisto a Europa como um todo e os EUA tem mérito – os jornais ao menos costumam admitir seu lado. O El País é ligado ao PSOE, o Gara à Izquierda Abertzale, o El Correo ao PP e por aí vai. Você já pode esperar que haverá uma tendência, uma “queda” pra um lado ou outro.

O que, claro, não impede manipulações. Como bem sabe Brian Currin e sabemos todos nós.

Currin: “La transformación de conflictos nunca puede ser unilateral. En el País Vasco debe ser multilateral”

Veja um exemplo de clara manipulação por parte do periódico “Libertad Digital” (aliás, vejamcomo a direita adora falar em liberdade, liberdade de expressão e etc quando a usam apenas para subverter a verdade), via o excelente blog Quemando Iglesias:

1.
2.

Na Espanha, aliás, a coisa ainda tem tons mais perigosos e marcantes: Há o separatismo. Existe uma oligarquia, um empresariado que ferrenhamente se apega à questão da unidade espanhola – que é uma farsa.

Rio Branco já dizia há quase 200 anos que “Território é poder”. Fato, mas qual o poder que você pode conseguir de submeter povos contra sua vontade à uma dominação violenta e repressora? E sob a pena de constantes ataques ditos terroristas. À base de mortes, desconfiança, conflito e medo perpétuo de que seu carro exploda, de que sua família seja sequestrada, de que seu filho seja torturado e morto?

Território, neste ponto, deixa de ser poder e se torna fetiche.

Chegamos ao ponto de perguntar: O que é liberdade de expressão? Até onde ela vai e como pode ser usada?

Ou melhor, estamos mesmo falando de liberdade de expressão ou liberdade de mentir, de manipular, de enganar? Quando passamos a mentir não exercemos nenhum direito de  se expressar, mas de enganar e manipular. O direito cessa. Nosso PIG e o PIG deles chegou  tal ponto.

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“Temos de respeitar a determinação da Justiça e do governo cubanos de deter as pessoas em função da legislação de Cuba. A greve de fome não pode ser utilizada como um pretexto de direitos humanos para liberar as pessoas. Imagine se todos os bandidos presos em São Paulo entrarem em greve de fome e pedirem liberdade.”
“Gostaria que não ocorressem [detenções de presos políticos], mas não posso questionar as razões pelas quais Cuba os deteve, como tampouco quero que Cuba questione as razões pelas quais há pessoas presas no Brasil”
“A comparação é despropositada, pois tenta banalizar um recurso extremo que é, ao mesmo tempo, um símbolo de resistência a um regime autoritário que não admite contestações”
“Mais razoável seria se o governo brasileiro se preocupasse com as péssimas condições carcerárias a que [os presos de SP] estão submetidos”
“Com essa declaração o que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva demonstra é seu comprometimento com a tirania dos Castro e seu desprezo com os presos políticos e seus familiares. A maioria do povo cubano se sente traída por um presidente que um dia foi um preso político”



“Tem muita gente que quer o apoio do governo brasileiro. Uma coisa é você defender, como nós defendemos, a democracia e os direitos humanos, outra coisa é você sair dando apoio a tudo que é dissidente de todo mundo, isso não é papel [do Brasil]”

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Combinei ha algumas semanas com a Niara (@nideoliveira71) do Pimenta com Limão, escrever sobre a Greve de Fome enquanto instrumento válido na luta por ideais, idéias, ideologia e etc.

Combinamos de, cada um em seu blog, dar sua visão sobre o assunto, levando em conta que eu considero a Greve de Fome um instrumento válido e ela discorda.

Mas fomos atropelados pelos acontecimentos e a Folha, em mais uma capa buscando atacar o presidente Lula, trouxe para a mídia a discussão sobre o assunto. Faço então uma discussão sobre a idéia em torno da Greve de Fome e termino dando minha opinião sobre o caso específico do Lula e de Cuba.

Tsavkko diz: @nideoliveira71 Existem casos de sucesso das greves do fome. Mas ñ costumam funcionar qd o gov ou o alvo simplesmente ñ dá a mínima….
Nideoliveira71 diz: @tsavkko A ampla maioria ñ funciona. De onde as pessoas tiram essas ideias de sacrifícios? Mito de ser mártir de uma causa só atrapalha.
Tsavkko diz: @nideoliveira71 Ñ sei a proporção, mas conheço alguns casos de sucesso, msm q parcial. Questão é ter mídia suficiente e esta mídia ter poder

Nideoliveira diz: @tsavkko Eu entendo a entrega à causa. Sou ativista a vida inteira. Mas o sentido da luta se perde nesse caso.

Nideoliveira diz: @tsavkko Se alguém tem que se sacrificar e morrer de fome, aos poucos, o sentido da luta se perde. É desumano. Respeito, mas discordo.
Tsavkko diz: @nideoliveira71 Eu entendo seu ponto de vista. MAs eu enxergo sentido na greve de fome e apoio em alguns casos.

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Rede de comunicadores
em apoio à reforma agrária
Dia 11 de março, às 19 horas, no auditório do Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, Rua Rego Freitas 530 – Sobreloja, reunião para montagem da “rede de comunicadores em apoio à reforma agrária e contra a criminalização dos movimentos sociais”. Participe!
Manifesto:
Denuncie a ofensiva dos setores
conservadores contra a reforma agrária!
Está em curso uma ofensiva conservadora no Brasil contra a reforma agrária, e contra qualquer movimento que combata a desigualdade e a concentração de terra e renda. E você não precisa concordar com tudo que o MST faz para compreender o que está em jogo.
Uma campanha orquestrada foi iniciada por setores da chamada “grande imprensa brasileira” – associados a interesses de latifundiários, grileiros – e parcelas do Poder Judiciário. E chegou rapidamente ao Congresso Nacional, onde uma CPMI foi aberta com o objetivo de constranger aqueles que lutam pela reforma agrária.
A imagem de um trator a derrubar laranjais no interior paulista, numa fazenda grilada, roubada da União, correu o país no fim do ano passado, numa ofensiva organizada. Agricultores miseráveis foram presos, humilhados. Seriam os responsáveis pelo “grave atentado”. A polícia trabalhou rápido, produzindo um espetáculo que foi parar nas telas da TV e nas páginas dos jornais. O recado parece ser: quem defende reforma agrária é “bandido”, é “marginal”. Exemplo claro de “criminalização” dos movimentos sociais.
Quem comanda essa campanha tem dois objetivos: impedir que o governo federal estabeleça novos parâmetros para a reforma agrária (depois de três décadas, o governo planeja rever os “índices de produtividade” que ajudam a determinar quando uma fazenda pode ser desapropriada); e “provar” que os que derrubaram pés de laranja são responsáveis pela “violência no campo”.
Trata-se de grave distorção.
Comparando, seria como se, na África do Sul do Apartheid, um manifestante negro atirasse uma pedra contra a vitrine de uma loja onde só brancos podiam entrar. A mídia sul-africana iniciaria então uma campanha para provar que a fonte de toda a violência não era o regime racista, mas o pobre manifestante que atirou a pedra.
No Brasil, é nesse pé que estamos: a violência no campo não é resultado de injustiças históricas que fortaleceram o latifúndio, mas é causada por quem luta para reduzir essas injustiças. Não faz o menor sentido…
A violência no campo tem um nome: latifúndio. Mas isso você dificilmente vai ver na TV. A violência e a impunidade no campo podem ser traduzidas em números: mais de 1500 agricultores foram assassinados nos últimos 25 anos. Detalhe: levantamento da Comissão Pastoral da Terra (CPT) mostra que dois terços dos homicídios no campo nem chegam a ser investigados. Mandantes (normalmente grandes fazendeiros) e seus pistoleiros permanecem impunes.
Uma coisa é certa: a reforma agrária interessa ao Brasil. Interessa a todo o povo brasileiro, aos movimentos sociais do campo, aos trabalhadores rurais e ao MST. A reforma agrária interessa também aos que se envergonham com os acampamentos de lona na beira das estradas brasileiras: ali, vive gente expulsa da terra, sem um canto para plantar – nesse país imenso e rico, mas ainda dominado pelo latifúndio.
A reforma agrária interessa, ainda, a quem percebe que a violência urbana se explica – em parte – pelo deslocamento desorganizado de populações que são expulsas da terra e obrigadas a viver em condições medievais, nas periferias das grandes cidades.
Por isso, repetimos: independente de concordarmos ou não com determinadas ações daqueles que vivem anos e anos embaixo da lona preta na beira de estradas, estamos em um momento decisivo e precisamos defender a reforma agrária.
Se você é um democrata, talvez já tenha percebido que os ataques coordenados contra o MST fazem parte de uma ofensiva maior contra qualquer entidade ou cidadão que lutem por democracia e por um Brasil mais justo.
Se você pensa assim, compareça ao Sindicato dos Jornalistas de São Paulo, no próximo dia 11 de março, e venha refletir com a gente:
– por que tanto ódio contra quem pede, simplesmente, que a terra seja dividida?
– como reagir a essa campanha infame no Congresso e na mídia?
– como travar a batalha da comunicação, para defender a reforma agrária no Brasil?
É o convite que fazemos a você.
Assinam:
– Altamiro Borges.
– Antonio Biondi.
– Antonio Martins.
– Bia Barbosa.
– Cristina Charão.
– Dênis de Moraes.
– Giuseppe Cocco.
– Hamilton Octavio de Souza.
– Igor Fuser.
– Joaquim Palhares.
– João Brant.
– João Franzin.
– Jonas Valente.
– Jorge Pereira Filho.
– José Arbex Jr.
– José Augusto Camargo.
– Laurindo Lalo Leal Filho
– Luiz Carlos Azenha.
– Renata Mielli.
– Renato Rovai.
– Rita Casaro.
– Rodrigo Savazoni.
– Rodrigo Vianna.
– Sérgio Gomes.
– Vânia Alves.
– Verena Glass.
– Vito Giannotti.
Importante: A proposta é que a rede de comunicadores em apoio à reforma agrária tenha caráter nacional. Esse evento de São Paulo é apenas o início deste processo. Promova lançamentos também em seu estado, participe e convide outros comunicadores para aderirem à rede.

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Agora, dia 9 de março, podemos fazer um pequeno balanço do Dia Internacional da Mulher.

Na Palestina, o The Angry Arab nos informa que há pouco para comemorar:

“As the world celebrates International Women’s Day, Iman Muhammad Hassan Ghazawwi marked her ninth year in Israeli custody on Monday. Ghazawwi, 33, was sentenced to 13 years, accused of planting an explosive device near an Israeli military patrol, said Detainees’ Support Committee spokesman Riyad Al-Ashqar. He added that Ghazawwi is one of the longest-serving female prisoners in Israeli detention.”

No Afeganistão, a situação das mulheres melhorou desde que o Talibã começou a ser combatido… Mas ainda há muito a se fazer.

On the occasion of International Women’s Day, it is apt to consider what progress has been made, and what challenges continue to hinder the efforts of well-intentioned parties.

The fall of the Taliban brought global attention to the plight of Afghan women — from overzealous, ultrafeminist Western groups to former hippie do-gooders. Suddenly, it seemed like the entire world was scrambling to ameliorate the condition of the Afghan woman. But even with a sizeable amount of aid and scores of consultants and projects, palpable changes remain elusive.

Some critics find fault in the approach taken by many of the foreign organizations. They charge that many programs are rooted in a Western worldview and have not taken into account the social and cultural realities of an Islamic, underdeveloped, and postconflict society. As such, they have sought to impose foreign values that cannot be absorbed, and consequently, cannot bring effective change.

Others have taken an overly culturally sensitive approach, which has assumed a static view of Afghan society and has underestimated the abilities and aspirations of Afghan women.

Em primeiro lugar, uma verdadeira mudança na mentalidade conservadora. Não com noções puramente ocidentais, mas uma mudança de dentro, em homens e mulheres. A imposição de valores ocidentais, o velho orientalismo, de nada servirá para tirar o país – e as mulheres – da situação atual.

The Afghan Constitution of 2004 is arguably one of the most progressive legal documents in terms of women’s rights in the region and in the Islamic world generally. It guarantees women’s equality before the law (Article 22), women’s education (Articles 43 and 44), the right to work (Article 48), the right to health care (Article 52), support for women without a breadwinner (Article 53), the physical and mental wellbeing of mothers and the elimination of customary practices that are contrary to Islamic prescriptions (Article 54), and women’s representation in both houses of parliament (Articles 83 and 84). In addition, Article 7 stipulates that the state respects the UN Charter and the Universal Declaration of Human Rights.

Nevertheless, more than five years later, unchanged old laws and the state’s unwillingness to enforce laws indiscriminately have left the progressive constitution unfulfilled.

Em segundo lugar a saída das tropas invasoras e a capacitação do exército local para controlar a segurança do país. Acima de tudo, o combate à corrupção e ao clientelismo, típicos do país. às mulheres cabe conseguirem, através da luta, a igualdade.

Em Bilbao, no País Basco, milhares de pessoas marcharam pelos direitos das mulheres.

Miles de persona nos hemos dado cita un año más, para recorrer juntas las calles de Bilbo, y denunciar con nuestros gritos y canciones la falta de mejoras en los derechos de las mujeres.
Desde los distintos grupos feministas se denuncian estos tiempos actuales de neoliberalismo en los que nos ha tocado vivir y que no han conllevado ningún logro ni mejora en las condiciones de vida de las mujeres en las diferentes partes del mundo.
 La manifestación arrancó a las siete y media, de la plaza Arriaga al grito de “Alerta, alerta, alerta al que camina, mujeres feministas por las calles bilbaínas” portando pancartas de denuncia contra la precariedad en todos los ámbitos de la vida de las mujeres y la reivindicación para la construcción, de una vez por todas, de un nuevo modelo social.
 La manifestación transcurrió de forma multitudinaria bajo la emisión de múltiples consignas que afianzaban el carácter reivindicativo y de lucha desde el movimiento feminista en contra del falso estado de igualdad en el que nos quieren hacer creer que vivimos, finalizando en el Arriaga donde se dio lugar la lectura de los diferentes manifiestos. La convocatoria terminó con una gran nube de humo violeta.

Apesar de parecer uma surpresa para muitos, na Espanha – e no País Basco – é extremamente comum a violência doméstica e a violência contra as mulheres. Aos que se interessam por ler os jornais locais surpreende a quantidade de denúncias e prisões de homens que espancam suas mulheres, noivas, namoradas… A Europa, diferentemente do senso comum, não está livre – nem remotamente – de comportamentos bárbaros.

E no longínquo Quirguistão, cerca de 30 mulheres marcharam pela capital, Bishek, contra a violência doméstica.

The demonstrators gathered near a monument to Soviet-era female activist Urkiya Salieva and marched to the monument of Kurmanzhan Datka, the 19th-century female ruler of Kyrgyzstan’s southern regions.

Former Foreign Minister Roza Otunbaeva, the leader of the opposition Social Democratic party faction in parliament, said during the march that although the government put up monuments to prominent female historical figures, there are currently thousands of women facing domestic violence and other problems in the country who do not receive any attention or government support.

Um problema comum em boa parte do mundo.

São apenas pequenos exemplos dispersos da luta das mulheres em todo o mundo contra problemas comuns a todas: Violência doméstica, liberdade de expressão, liberdade de ir e vir, luta por reconhecimento, contra o patriarcalismo e machismo… Por mais que sejam todas de culturas diferentes, de vários lugares do mundo, de países com diferentes índices de desenvolvimento, TODAS enfrentam problemas semelhantes, em maior ou menor escala e fazem do dia 8 de março um dia unificado, mundial, de luta por seus direitos.

Às mulheres, uma saudação e meu comprometimento com a luta nobre de todas.
——-
Ainda no espírito, não poderia deixar de citar esta notícia pouco divulgada mas de imensa importância!

Quinze mulheres mulheres foram declaradas anistiadas políticas e receberam desculpas do governo brasileiro nesta segunda-feira, Dia Internacional da Mulher, na sessão especial da Comissão de Anistia do Ministério da Justiça que julgou os processos. A sessão foi marcada por emoções fortes, lembranças das torturas, dos estupros e do terror sofrido pelas mulheres que se colocaram contrárias ao regime ditatorial no País (1964-1985).
Maria Alice Albuquerque Saboya também foi anistiada. Antes da proclamação, ela leu e entregou à Comissão de Anistia uma carta endereçada aos jovens, contando o que passou nos anos de ditadura e no exílio. Maria Alice foi presa aos 20 anos, junto com o marido, acusada de contribuir para formação de um partido político contrário ao regime. Foi torturada e viu colegas sendo torturados.
“É muito pior ver tortura que ser torturada. Tenho gravada em minha memória a vez de um prisioneiro que pedia: ‘Pelo amor de Deus, me matem’, disse Maria Alice. Ela divulgou uma carta aos jovens pedindo para que eles lutem em defesa do Plano Nacional de Direitos Humanos, proposta do governo que prevê a criação da Comissão da Verdade para apurar os crimes cometidos pelo Estado durante a ditadura.
Essa história não é minha, essa história não é nossa. É a história de um País que precisa ser contada para que aprendamos com ela”, afirmou.
Para a psicóloga fluminense Vitória Lúcia Martins Pamplona, sua anistia significou “uma vitória simbólica de todas as mulheres”. “Que não se repita jamais o que aconteceu conosco durante a repressão”, disse Vitória, que foi demitida da Infraero, presa e torturada na década de 1970.
Além de Vitória, Celeste e Maria Alice, mais 12 mulheres foram declaradas anistiadas políticas e receberam desculpas do governo brasileiro. Esta foi a terceira vez que a Comissão de Anistia do Ministério da Justiça homenageou as mulheres no dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher.
Também tiveram seus direitos de anistiadas reconhecidos pelo Estado: Ana Lima Carmo Montenegro, Celeste Fon, Maria Cândida Raizer Cardinalli Perez, Isa Mariano Macedo, Maria Beatriz de Albuquerque David, Maria da Glória Lung, Denise Fraenkel Kose, Vera Lúcia Marão Sandroni, Elizabel Maria da Paixão Couto,, Vera Lucia Carneiro Vital Brazil, Vitória Lúcia Martins Pamplona Monteiro, Maria Inêz da Silva, Maria Albertina Gomes Bernaccio e Helena Sumiko Hirata.

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O possível reconhecimento por parte dos EUA do massacre de 1.5 milhão de Armênios no seio do Império Otomano no início do século XX – episódio tomado por Hitler como modelo, inclusive, para fazer pouco caso de sua matança particular – suscite dois pontos, dois questionamentos.

Em primeiro lugar, a indagação mais óbvia: “E daí?”

Sim, é um questionamento válido. Sabemos que os EUA são a maior potência atual – por mais que se fale em multipolaridade e etc e em diminuição do poder imperial estadunidense -, mas o fato dos EUA reconhecerem ou não o genocídio como tal muda em que o fato em si?

Podemos compreender, do ponto de vista das vítimas, que é maravilhoso ter sua história e seu sofrimento reconhecidos depois de décadas por uma grande potência. Do lado do algoz, a Turquia – herdeira Otomana – podemos compreender o reconhecimento como uma facada por parte de um aliado.

Mas, mesmo sabendo de tudo isto, ainda falho em compreender o porque de tamanho teatro, o alcance exato que um reconhecimento deste tipo teria.

Claro, alguns vão bater no velho chavão de que os EUA são a grande potência, são formadores de opinião – por mais que, no geral, hoje, eu não concorde totalmente – e tem um grande peso mundial,, mas, no geral, o reconhecimento ou não não altera nada. É um país a mais.

Compreendo o medo da Turquia (ainda que me pareça improvável) que o possível reconhecimento por parte dos EUA abra as portas – em linguagem comum, facilite que demais países coloquem as asinhas de fora – para que outros países façam o mesmo. Fora isto, o resto é pavor deslocado e, retomando o que eu havia dito em posts anteriores, é uma maquiagem da realidade.

As palavras do ministro de relações exteriores da Armênia parecem inspiradas:

É uma nova prova do apego do povo americano pelos valores humanos universais e um passo importante para a prevenção de crimes contra a humanidade.

Mas são mais teoria que prática. Crimes contra a humanidade foram e são cometidas pelos EUA independentemente de reconhecerem ou não um genocídio ou outro. Questiono, enfim, o alcance a relevância mundial – e não específica, esta indiscutível – de tal reconhecimento.

Irão os EUA e aliados parar de torturar? De invadir países sem permissão da ONU – ou mesmo com permissão? Irão todos parar de matar a África de fome e metade do mundo graças ao modelo econômico adotado? E tantos outros questionamentos válidos.

O segundo questionamento é, talvez, mais delicado. Questiono a Turquia, enquanto herdeira do Império  Otomano, pela desfaçatez e até mesmo cara-de-pau de maquiar a realidade a seu favor mesmo com o mundo inteiro sabendo da verdade.

Mas, não sejamos simplistas. Os Estados tem a suprema necessidade de se mostrarem idôneos, honestos, coerentes. Seja para o público interno, seja para o externo. Sempre terá alguém para acreditar nas mentiras contadas pelos Estados. Oras, os Chineses não são nacionalistas e acreditam em seu Comunismo (sic)? Os estadunidenses não acreditam piamente que são uma – a maior – democracia justa e maravilhosa e que realmente exportam este modelo para o mundo?

Sejam quais forem os argumentos Turcos – válidos ou não, ou em parte – nada muda o fato de que o que aconteceu com os Armêmios – e também com Assírios e Gregos Pônticos – foi e sempre será um Genocídio.

A questão do reconhecimento, por outro lado, passa por outra dinâmica. Não passa necessariamente pela verdade, pelos fatos, mas pela construção de uma verdade, de uma historia, de mitos por parte do Estado interessado.

Existe uma verdade aceita em geral por acadêmicos e pela maior parte da população mundial, o Estado turco quer construir outra. E espera que aliados e amigos sejam coniventes com esta verdade construída a toque de caixa.

Toda verdade é socialmente construída, o Genocídio Armênio é uma verdade construída com sangue.

Levando a resolução aprovada para o debate, o fato é que dificilmente esta virará lei. Precisa ser votado na Câmara dos Representantes, no Senado e então ser aprovado por Obama, que é contra – e nisto nos lembra as posições retrógradas de Bush – e a pressão turca junto ao governo deve realizar seu trabalho de forma satisfatória – para os turcos.

Válido é que o debate é sempre mantido acesso. Não importa a terminologia usada, o debate sempre é trazido de volta para a mesa e os argumentos são dispostos e, enfim, a posição do Estado turco, intransigente, é sempre visto e reconhecido.

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Bil’in celebratesanniversary of the start of the popular resistance against the wall andsettlements and to enter the sixth year and injuring ten people wereinjured and dozens of suffocation

Thevillage of Bil’in, participated today, more than 3000 protesters andwas headed by Prime Minister Dr. Salam Fayyad, where the Friday prayerwith the people in the village, and this visit comes in solidarity withthe people of the village during their resurrection of the anniversaryof the popular resistance against the wall and settlements and to enterthe sixth year to start Falyatem resistance against the wall and themembers of the Legislative Council and Executive Committee of thePalestine Liberation Organization and a number of ministers and leadersof Palestinian factions and members of the Knesset and the mayor ofGeneva. Has left thepeople of the village of Bil’in after Friday prayers in the process ofpopular protests, called by the Popular Committee Against the Wall andsettlement in the village to mark the anniversary of the start of thepopular resistance against the wall and settlements and to enter thesixth year,

The marchbegan, where the GAP participants village streets, chanting sloganscalling for national unity, and the other calling for resistance to theoccupation and the racist policy of building settlements and the walland put up barricades and turned towards the wall after trying to crossinto their land, but the military prevented permitted to do so , thearmy has sprayed the demonstrators with water, called the stinkingsmell of skunk and used tear gas fired 30 bombs at one time more thanonce and soldiers used rubber-coated bullets. Wounding a dozen others were injured and wounded.

TheCommittee thanked the People’s participants and sympathizers,especially ambulance crews and Red Crescent Medical Relief Committeesand the Health Work Committees for its unique role by helping theinjured and received first aid and transported to the hospital duringthe day and previous days.

Thiswas the Israeli army yesterday raided the village twice, have respondedwith the village youths throwing stones, forcing them to leave andreturn in the second time in the middle of the night. The most important achievements of the experience of Bil’in during the past five years are the following:
1. IsraeliSupreme Court issued on December 4 \ 9 \ 2007 a resolution stating theillegality of the wall in the track at the time, this Court hasrecommended to demolish it and return it to the back and retrievedabout 1000 Dunmes, where the introduction of the new path is actuallyon Monday, 15 / 2 / 2010.
2. Keep the door open for citizens to work in their own land has not been closed, especially during daylight hours.
3. Demolition of some houses in the settlement and the return of some pieces inside the settlement and its environs.

4. For the Popular Committee Against the Wall four awards at the level of domestic and international:
5. The success of the People’s Committee to stop settlement expansion on the territory of the village.
6. Conversionof land behind the wall to the green paradise by encouraging citizensto land reclamation and cultivation of cereals, fruit trees, especiallyolives, where peasants racing to such work, and this is what thePeople’s Committee is seeking to turn the land all green and leave noexcuse for the occupation confiscated.
7. Thework of international conferences to resist the occupation and the walland settlements and to disseminate the experience of Bil’in popular,where he held four international conferences and a Palestinian, andprepare for the conclusion of the Fifth International Conference, whichwill be, God willing, in 21/4/2010.
8. Bil’in has become a tourist attraction, officially and popularly.
9. Thevillage of Bil’in has become a symbol and a model of popularresistance, especially in the resistance to the wall and settlements,nationally and globally, and the focus of attention all over the worldwith compassion and solidarity with the Palestinian people.

This letter from Bil′in′s Abdallah Abu Rahmah was conveyed from his prison cell by his lawyers. Please circulate widely.
Dear Friends and Supporters,
It has been two months now since I was handcuffed, blindfolded and taken from my home.  Today news has reached Ofer Military Prisonthat the apartheid wall on Bil’in’s land will finally be moved andconstruction has begun on the new route. This will return half of theland that was stolen from our village. For those of us inOfer ,imprisoned for our protest against the wall, this victory makes thesuffering of being here easier to bear. After actively resisting thetheft of our land by the Israeli apartheid wall and settlements everyweek for five years now, we long to be standing along side our brothersand sisters to mark this victory and the fifth anniversary of ourstruggle.
Ofer is an Israeli military base inside the occupied territoriesthat serves as a prison and military court. The prison is a collectionof tents enclosed by razor wire and an electrical fence, each unitcontaining four tents, 22 prisoners per tent. Now, in winter, wind andrain comes in through cracks in the tent and we don’t have sufficientblankets, clothes, and other basic necessities.
Food is a critical issue here in Ofer, there’s notenough. We survive by buying ingredients from the prison canteen thatwe prepare in our tent. We have one small hot plate, and this is alsoour only source of warmth. Those whose families can put money in anaccount for us to buy food, do so, but many cannot afford to. Thepositive aspect to this is that I have learned how to cook! Tonight Imadefalafel and sweets to celebrate the news about our victory. Icannot wait to get home and cook for my wife and children!
I was arrested in my slippers, and to this day myfamily has been unable to get permission to supply me with a pair ofshoes.  I was finally given my watch after repeated requests. For methis is an essential way to keep oriented; it was unbearable not beingable to see the rate at which time passes. Receiving it, I felt sooverjoyed, like a child getting his first watch. I can barely imaginewhat it will be like to have a pair of proper shoes again.
Because of our imprisonment, the military considersour families to be a security threat. It is very hard for our wives,children and extended family to visit. My friendAdeeb Abu Rahmah , alsoa political prisoner from Bil’in,cannot receive visits from his wife and one of his daughters. Even hismother, a woman in her eighties who is currently in bad health, isconsidered a security threat! He is afraid that he will not see herbefore she dies.
I am a teacher and before my arrest I taught at aprivate school in Birzeit and also owned a chicken farm. My family hadto sell the farm at a loss after I was arrested. I don’t know if I willhave my position at the school when I am released.Adeeb ‘s family ofnine is left without their sole provider, as are many other families.Not being able to care for our loved ones who need us is the hardestpart of being here.
It is the support that I receive from my family andfriends that helps me go on. I am grateful to the Palestinian leaderswho have contacted my family, the diplomats from the European Unionand to the Israeli activists who have expressed their support byattending my hearings.  The relationship we have built together withthe activists has gone beyond the definition of colleague or friend, weare brothers and sisters in this struggle. You are an unrelentingsource of inspiration and solidarity. You have stood with us duringdemonstrations and court hearings, and during our happiest and mostpainful occasions.  Being in prison has shown me how many true friendsI have, I am so grateful to all of you.
From the confines of my imprisonment it becomes soclear that our struggle is far bigger than justice for only Bil’in oreven Palestine . We are engaged in an international fight againstoppression. I know this to be true when I remember all of you fromaround the world who have joined the movement to stop the wall andsettlements. Ordinary people enraged by the occupation have made ourstruggle their own, and joined us in solidarity. We will surely jointogether to struggle for justice in other places when Palestine isfinally free.
Missing the five-year anniversary of our struggle inBil’in will be like missing the birthday of one of my children. LatelyI think a lot about my friendBassem whose life was taken during anonviolent demonstration last year and how much I miss him. Despite thepain of this loss, and the yearning I feel to be with my family andfriends at home, I think that if this is the price we must pay for ourfreedom, then it is worth it, and we would be willing to pay much more.
Yours,

Abdallah Abu Rahmah
From the Ofer Military Detention Camp

 
 For more information contact:
D. Rateb Abu Rahma – Member of the Popular Committee Against the Wall and settlement \ Bil’in
0597117673 saborahmeh42@yahoo.com

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